quinta-feira, 26 de maio de 2011

Muçulmanas Sábias

Fuçando por aí eu achei o site de uma associação chamada “Wise Muslim Women” (“Wise”, que significa “sábio/sábia” em inglês, nesse caso é sigla para “Iniciativa Islamica das mulheres em espiritualidade e igualdade”), a associação tem como objetivo de assegurar que mulheres muçulmanas tenham seus direitos dados por Allah (swt), mas que muitas vezes são negados a elas, como o direito a educação, a saúde, a escolher com quem e quando casar e se quer se divorciar, a erança, e a se sentir segura dentro de casa. De brinde, tem o resumo da biografia de várias mulheres muçulmanas influentes, desde as companheiras do profeta (saws) até ativistas contemporâneas, árabes, europeias, chinesas, africanas, americanas, rainhas, militares, professoras, pintoras, musicistas, jornalistas, escritoras, advogadas....

http://www.wisemuslimwomen.org/

Para quem não fala inglês, eu dei meu melhor para traduzir a história de duas, me desculpem então se houver algum erro.



Fatina Al-Fihri

(morte em 880 d.C.)

Filha de Mohammed Al Fihri, Fatima al-Fihri, também chamada “Umm Al Banine”, “Mãe dos Meninos”, é conhecidade por criar a mais antiga universidade operante, a universidade de Qarawiyyin.

Fatima e sua família estavam entre as famílias que se mudaram da Tunisia para Marrocos durante o reinado do rei Idriss II.

Depois que seu marido e irmãos morreram, ela e a sua irmã, Mariam, erdaram uma grande fortuna. Ambas quiseram dedicar sue dinheiro a trabalhos religiosos que iriam beneficiar a comunidade e fariam elas receberem bençãos de Allah (swt). Para esse fim, Fatima construiu a mesquita Al Qarawiyyin, enquanto sua irmã construiu a mesquita Al Andalus. Entre os seculos 10 e 12, a mesquita de Al Qarawiyyin se desenvolveu em uma universidade que se tornou um importante centro de educação do mundo Islâmico e uma das universidades mais prestigiosas do mundo.


Nana Asma’u

(1793-1864)

“Mulheres, um aviso. Não deixam seus lares sem uma boa razão. Vocês devem sair para conseguir comida ou para procurar educação. No Islam, é uma obrigação religiosa procurar o conhecimento, mulheres devem livremente deixar seus lares para isso.” (Nana Asma'u)

Nana Asma'u era filha de Usman dan Fodio, fundador do Califado de Sokoto, um dos reinos norte-africanos mais poderosos da época. Para alguns, Asma'u representa a educação e independência que é possível para mulheres sob o Islam e até hoje é modelo para feministas africanas.

Erudita e versada em árabe, grego e latim classico e fluente em árabe, fulfulde, hausa e tamacheq, Asma'u foi uma estudiosa de reputação em um dos reinos muçulmanos mais influentes da Africa Ocidental. Ela representou o numero de altamente educadas muçulmanas da época. Testemunha da Fulani Jihad (1804-1810) na qual seu pai conquistou a Nigeria e Camarões, ela escreveu suas experiencias em um diário. Asma'u também deixou uma grande coleção de poesia com narrativas históricas, elegias, lamentos e conselhos, o que virou ferramenta para ensinar homens e mulheres no começo do califado.

Depois, ela virou conselheira de seu irmão quando ele assumiu o califado e, de acordo com fontes contemporâneas, Asma'u debateu com governadores, estudiosos e príncipes.

Asma'u também foi influente na educação de mulheres durante o califado. Começando em 1830, ela formou um grupo de professoras que viajaram pelo califado, educando mulheres. Tornando-se símbolos do novo estado, essas professoras, ou jajis, usaram as escrituras de Asma'u e de outros estudiosos sufis para educar mulheres de todas as áreas, incluindo regiões pobres e rurais. Esse projeto educacional começou a integrar partes pagãs do império com o estado e cultura muçulmanos.

Hoje, no norte da Nigéria, organizações de mulheres muçulmanas, escolas, e salas de reuniões frequentemente a citam. Com a republicação de suas obras, ela se tornou um fator animador para africanas pela causa da educação de mulheres.


Pra finalizar, música de uma das sábias muçulmanas, Rajae El Mouhandiz, cantora, poeta e compositora.

(Atenção - ela usa instrumentos musicais)



terça-feira, 24 de maio de 2011

O Título do Blog/O Clone/Blá blá blá


Pois é, diferente da maioria das outras garotas, eu sou julgada pelo o que está na minha cabeça. Mas isso não quer dizer meus pensamentos ou opiniões, mas quer dizer o hijab, véu islâmico, ou lenço, como preferir, que é o que mais aparece em mim. Por ser algo “diferente ” ou pela mídia, as pessoas estranham e as vezes me olham como se eu representasse algum perigo, só que Alhamdulillah muitas começam a puxar conversa, perguntam porque eu me cubro, se eu não sinto calor (ora essa! Você que tá sem nada te protegendo nesse solzão!).

Falando em mídia, já ví muitos muçulmanos criticando a novela “O Clone”, e reclamando que a novela suja o nome do Islam, etc e tal, mas alguém já parou pra pensar? A Globo está a anos tentando reprisar essa novela, e consegue isso justo na mesma época do Massacre do Realengo e que a Veja tá com a bola toda para criticar a religião de Allah (swt). As pessoas vão ouvir falar mal da religião, mas daqui a pouco vão ligar a televisão e ver os árabes da novela, meio xaropes, mas que todo o mundo gosta. Sim, tem muita informação errada na novela (e eu ví isso só assistindo cinco capítulos minha vida toda), mas isso se resolve quando alguém te para na rua e pergunta “menina, você é igual aquelas moças da novela?”.